OTA

Só para falar da Ota, melhor, do aeroporto que lá querem construir. Pela Net, nos jornais, na rádio e televisões, vimos, lemos e ouvimos e ficamos na mesma. As opiniões tão díspares, os ante-ante projectos tão diversificados, os argumentos técnicos misturados com argumentos políticos e vice-versa...
A decisão Ota já tem uns anos, embora sempre com mais ou menos polémica. Mas não se entende lá muito bem que, quem anteriormente defendeu a Ota a ataque agora e quem era contra seja agora a favor.
Se o projecto é de interesse nacional, caríssimo e urgente, os politicos deviam já ter-se entendido, decidido e o novo aeroporto já estaria em marcha, fosse na Ota, no Rio Frio ou no rio quente.
Que haja interesses em cada escolha, é uma realidade a que não escapamos qualquer que seja a escolha. Inconvenientes? Também os há de um lado ou de outro.
Lembro, a propósito, a polémica - antes, durante e depois - em torno do Centro Cultural de Belém. Lembro o seu custo inicial e o custo final. Neste momento, temos, ou não, um edifício que é um cartão de visita de Lisboa e do País? Se a discussão sobre a sua localização e sobre a sua arquitectura se tivesse estendido, como muitos desejavam, talvez estivessemos ainda à espera de uma decisão.
Lembram-se da história da Torre Eifell?
Os exemplos são mais que muitos.
Parar é morrer Há que realizar.