segunda-feira, 26 de março de 2007

SALAZAR

Finalmente, no maior concurso do século realizado em Portugal, há um vencedor bem destacado. O concurso, talhado à moda da nossa tradicional pobreza franciscana, teve como vencedor um dos mais «caridosos» governantes que esta ditosa pátria jamais produziu. O concurso, dirigido à estupidez humana, teve como vencedor um dos homens mais «iluminados» de Portugal. O concurso, bem feito e de que maneira, ao gosto do «quero, posso e mando», teve como vencedor o nosso maior ditador de sempre. Ou seja, o cu casou bem com as calças e Salazar foi o grande vencedor.
Estranho que no PC, alguns, como a deputada Odete Santos, tenham ficado furiosos com a vitória daquele que, para os comunistas, foi o mais feroz opositor. Gostavam, tudo indica, que fosse Cunhal o vencedor, o que significa que terão levado a sério este pseudo-concurso. E prova, também - se tal fosse necessário - que ganhou quem mais dinheiro teve para gastar e, neste item, os comunistas sempre perderam em relação aos fascistas.
Pena que, numa realização deste tipo, onde as regras estão viciadas à partida e onde desde logo se sabe que ganhará, não o melhor - mas aquele que tem menos admiradores mas com mais dinheiro e teimosia - tenham participado figuras de relevo da nossa actual sociedade. E, sem demérito para estes outros, a figura de uma Maria Elisa que acaba, assim, como aqueles grandes craques do futebol que na fase final da sua carreira se sujeitam a jogar em equipas de secundaríssima ordem.
Quanto à RTP1, os meus mais sentidos pêsames.
De resto, ganhou o bom senso, que é como quem diz, o pior de todos.
Ao vencedor, que a terra lhe pese tanto como a vida tem pesado aos portugueses com a sua tão pesada herança.

Sem comentários: