QUEIXINHAS AO PAPA
Eis que temos em Santa Comba Dão, finalmente, alguém que se mexe depressa e que, de certeza, não vai ter como causa da sua morte a queda de uma qualquer cadeira, nem fará o País ficar parado 50 anos. Ele é padre e diz que gosta de acelerar estrada fora na sua «bomba», atingindo os 200 km/h. Até aqui, não faz mais nem menos do que milhares de condutores por essas auto estradas fora (enquanto não são apanhados pelos radares...). O mal é que o padre em questão deu uma entrevista a um jornal, falou das suas paixões e, com isso, deu um grande tiro no pé.
Para já, já foi «excomungado», não pelo bispo ou pelo Papa, mas por uma associação de cidadãos automobilizados que, todos sabemos, se pudesse, acabava de vez com os automóveis e tudo que andasse a mais de 5km/h. Só que, contradição à vista, a direcção da associação acelerou mais depressa que o padre de Santa Comba: num ápice, a (ACA-M) enviou uma carta, imagine-se, ao Papa, queixando-se do famigerado padre de Santa Comba Dão.
Que raio terá o Papa a ver com um padre português que gosta de acelerar nas estradas portuguesas?
E se for um ministro, a ACA-M queixa-se a quem? E se for um funcionário da Alfândega, ou um empregado da Coca Cola? E se.....
Mas as associações servem, agora, para fazer queixinhas? Para que servem as polícias e a Brigada de Trânsito?
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