NOVO PINGUE-PONGUE
Na última página do Público, o «Pingue-pongue» voltou, no sentido em que os interlocutores pegam nas palavras ou ideias um do outro. Hoje, Helena Matos discorda do Rui Tavares de ontem. Entende que a intervenção cívica (e também intervenção artística) de que fala Rui Tavares a propósito do cartaz dos Gato Fedorento arrancado pela câmara de Lisboa, não tem razão de ser. E nem lhe confere, sequer a «folga que - diz Tavares - a lei permite».
Respeita-se a opinião, que surge depois embrulhada em decretos e regulamentos e desvia o assunto do essencial. Para Rui Tavares, o cartaz (por isto ou por aquilo, ou tão só porque é uma resposta a um partido que sabemos violento, xenófebo e fascista) não devia ter sido retirado por Carmona e seus pares. Para Helena Matos, este é um pormenor e como tal ignora-o. Passa em branco sobre o essencial e ficamos sem saber se Helena Matos é, ou não, a favor do cartaz dos Gato Fedorento e contra (ou não) o cartaz do PNR.
Enfim, talvez este exemplo sirva para mostrar um dos lados do que é ser-se de esquerda e de direita. Pingue-pongue!
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