PORTAGENS?
A candidata independente à Câmara Municipal de Lisboa, Helena Roseta, equaciona a introdução de portagens que limitem o acesso de veículos à capital. Nada de novo, convenhamos. Mas algo que nos diz que está a querer começar pelo fim. Primeiro, caríssima candidata, há que arranjar transportes em condições e em quantidade para levar as pessoas que não queiram pagar portagem para levar o seu carrinho. Antes disso, ainda, a candidata deve pensar que para criar uma rede de transportes moderna e à altura das necessidades, tem primeiro que criar bons e amplos parques de estacionamento (neste caso, obviamente, gratuitos) onde os «clientes da cidade possam arrumar o «pó-pó» a fim de tomarem os transportes públicos que des sairão para a «city». Só então, cara arquitecta, é que poderá começar a pensar nas portagens.
Ideias boas... penso que todos (ou quase) têm. Mas a chatice é que têm de ser praticáveis sem mais penalizações para quem já está demasiado penalizado com os automóveis: custo, impostos, seguros, manutenção, desvalorização e falta de lugar para estacionar.
E, depois, essa coisa das portagens só beneficia quem já tem dinheiro, que se está nas tintas para o pagamento de mais uma portagem.
Com a câmara na situação em que se encontra e a cidade na situação deplorável que é visível, acabe-se primeiro com as barracas, as casas a cair, os buracos nas ruas.
Senhores candidatos, por favor, olhem para as ruas de Lisboa antes de começar a arrotar postas de pescada.
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